ainda pensando muito no datena tendo o tema de poderoso chefão como toque de celular

nossa essa é uma das melhores coisas desse jogo, tem horas que ele é quase um jogo de terror eu amo

imagina se ao invés de tik tok o app se chamasse dick cock

e quando eu saia com uma psicanalista e a gente viu vídeo do dunker sobre não monogamia depois de uma mini dr muito massa fazer psicologia

Dessa forma compreendo a necessidade imaginativa e estratégica de falar que, "na verdade", o binarismo sexual não existe. Mas não vejo hoje oportunidades concretas de produzir esse realidade singular não binária enfim, uma vibe

Isso faz com que eu me sinta em lugar nenhum. Nem lá nem ca. A única referência que tenho são os polos binários: sou homem e sei que não sou mulher. Procuro algo nesse meio sem nunca o encontrar, e em parte pq socialmente esse lugar não existe de fato.

Nessas acabo tomando pra mim designações não pertencentes a lugar nenhum. Já disse pra mim que sou homem meio bicha, homem bissexual, homem que só anda com mulheres, homem sensível, homem vaidoso. Mas sempre "homem", com um adjetivo que procura "minimizar" isso.

Na minha fantasia não sou um homem, sou um ser humano. As designações sociais e internalizadas masculinas me limitam e eu odeio isso. Mas na vida concreta, sou profundamente homem e tenho bastante dificuldade de performar qualquer outra coisa

entendo que devemos pautar o fim do binarismo enquanto horizonte, e existem justificações teóricas diversas pra isso, mas hoje, dia 23/09, me sinto um homem. Um homem incompleto, cuja atração sexual se direcionou a homens e mulheres mas que só se concretizou com mulheres. Não consigo fugir disso.

a divisão sexual binária existe desde o começo da humanidade. Somos designados com um sexo ao nascer e nos pautamos por isso a vida toda, seja na forma de fuga dessa designação ou na sua assimilação (sempre incompleta) dentro da personalidade