Nos olhos, a sombra de um anseio profundo, Queria soltar as correntes do mundo. Cansada de ser o que esperam que eu seja, A fragilidade clama, e o peito se aseja.
Na fragilidade do ser, há beleza escondida, E mesmo que a dor me abrace, a vida é querida. Caminharei em frente, apesar da tristeza, Em busca de um futuro que traga leveza.
Mas mesmo em meio às lágrimas e ao cansaço, Prometo a mim mesma que não serei um fracasso. Vou cultivar a força, um novo amanhecer, E quem sabe um dia, poderei renascer.
Olho para o céu em busca de estrelas, Esperança se apaga nas horas tão gelas. E no silêncio da alma, grito em vão, Por que o amor é tão raro, tão longe, tão em vão?
Sonhos despedaçados que ecoam no peito, Desejos não correspondidos, um ciclo perfeito. Anseio por liberdade, por um sopro de paz, Mas tudo que encontro é um novo golpe, capaz.
Na espiral da vida, me perco em perguntas, Tentando encontrar um sentido, um alicerce. Mas cada resposta traz mais dor, E o eco do sofrimento se torna um canto.
Busquei consolo em risos e abraços, Mas a alegria é fugaz, como névoa ao amanhecer. Por que essa sombra insiste em me seguir? Por que meu esforço parece nunca bastar?
As marcas no peito falam de um passado, Onde o amor se transformou em labirinto, Promessas quebradas, sorrisos desfeitos, Em um mundo que exige mais do que sou.