Como eu pego livros mais raros (de leilão ou achados mesmo em bancas de rua), eu respondia rápido às estatísticas de visualização, e dava resultado. Se um grupo visualizava um livro raro algumas vezes, via que havia interesse, ajustava na hora.
Há mais questões, mas essas duas respondem por grande parte da quebra. No meu caso, com absoluta clareza.
O que piorou? -- O mecanismo de busca foi arruinado; -- Os vendedores deixaram de receber relatórios sobre visualização de itens seus acervos -- essa era chave para precificar bem livros mais raros ou buscados.
Basicamente: um market place incrível de livros, que atendia bem o consumidor que buscava um exemplar entre mil ou aquele que ninguém acha, foi remodelado para vender ventiladores. Mas não vende ventilador. Vende livro.
E eu participei da reunião com a equipe da EV, no início dessa crise. Disse lá que livro usado não é commodity, pois o espectro entre o péssimo/podre e a relíquia/tesouro é imenso, e que os consumidores se aproximam dos produtos por razões mais variadas do que "uso".
Eu vendo aqui e ali na Estante Virtual. Vendia. O tombo foi imenso, para lá de 60% -- e olha que meu volume sempre foi pequeno. Vai virar estudo de caso de como mudanças desastradas na arquitetura e nas funcionalidades de um market place podem arruinar um negócio (e negócios associados).
"Após compra pela Magalu, vendas na Estante Virtual despencam e livreiros planejam cooperativa" iclnoticias.com.br/compra-pela-...
Estante Virtual se tornou, ao longo dos anos, peça fundamental para a sobrevivência de sebos e livrarias por todo o país
Quando dois times que eu rejeito da mesma maneira se enfrentam num jogo decisivo, nem md divido: fico feliz pois um deles vai perder. Chego a pensar que em infinitas dimensões eles se alternam na derrota e que em algumas dimensões o jogo sequer acontece.
Uma IA que me espanta é a Grammarly (Pro). Essa é bizarra. Sugestão de correção, estilo, ordenamento, tudo isso se espera, mas proposta de conclusão perfeitamente adequada ao contexto, onde antes não havia nada? Isso é um passo além. A IA captura a lógica do escrito anteriormente, e avança.
Cebolinha obviamente atuava com planejamento estratégico. Foi concurseiro, e acabou se fixando numa autarquia federal, na qual se aposentou.
Mônica era CFO de uma multinacional, mas largou tudo para tocar uma pousada em Lumiar, não sem antes escrever um textão inspiracional no LinkedIn