Tudo indica que quem nascer hoje fará parte de uma sociedade com um hiato histórico digital. Só pegar, por exemplo, artigos científicos e ver a quantidade de links quebrados na bibliografia. Se os autores não baixaram o artigo ou tem um backup pessoal offline: já era. Apagamento é um projeto.
Jogos digitais vão nessa vertente. Se alguém tirar do servidor, pronto. Você perde algo que vc PAGOU. Por isso, mil vezes mídia física
Por isso acho interessantíssimo alguns diretores atuais colocando livros físicos como produtos proibidos em seus futuros distópicos. Porque o documento impresso é informação que não pode ser apagada com login e senha de déspotas, facilmente compartilhável e sem DRM.
Outro exemplo: fotos pessoais em nuvem. Existirão pelo tempo de existência daquela empresa. Podem ser mais 10, 20 anos. E 50, 100 ou 200 anos? (sem contar a questão do acesso individualizado)
E tem algo além: qual a durabilidade dos meios de armazenamento digital? Quantos anos/décadas? Pelo que lembro, na última vez que chequei, o mais longevo eram as fitas magnéticas!!! E mesmo assim, não se sabe se durarão séculos.
Quando deletaram o Geocities foi uma grande perda de toda a história inicial da internet.