nunca tinha percebido isso mas o funk da chatuba de mesquita começa com uma aporia: 1) "máquina de sexo": a música abre com menção direta ao τέχνη humano q se manifesta arquetipicamente na automação industrial 2) "eu transo igual animal": a identificação da natureza primitiva das pulsões basilares
Oxímoros dialéticos em Chatuba de Mesquita
Loucura pensar que a máquina, auge da racionalidade humana, símbolo da era da técnica, serve pra recuperar o animal perdido dentro do homem durante séculos de civilização. A técnica como movimento anti-humano.
"Transo igual animal" ok mas qual? Transar igual uma água viva ou uma formiga com reprodução por partenogênese parece desanimador
como toda boa aporia o início da música traz no germe da contradição latente a sua própria síntese: ao sermos ao mesmo tempo máquina e animal não podemos, logicamente, ser nem uma coisa e nem outra, e sim uma terceira coisa: a chatuba de mesquita que come a mina de geral
Ainda assim, sendo a Chatuba de Mesquita (e não um lugar profano qualquer), temos uma evocação do sagrado e do divino, que faz justamente o elo entre o animal (natureza) e o artificial (criação da mente humana)
canso de pedir q a academia pare de ignorar o fato de q o Poze do Rodo escreveu a mais bem sucedida epopéia em língua portuguesa desde Camões, num poema épico em 2 partes sobre a campanha de seus heróis nacionais na batalha pelos campeonatos muito tempo atrás (2019 e 2020), a nossa Ilíada e Odisseia
galera do @deepbrasilis.bsky.social, chamem o dog de arroz pra fazer uma ponta remunerada no programa de vocês