A empresa Tabas by Blueground aluga para terceiros apartamentos de luxo em bairros de alto padrão como Itaim Bibi e Jardins, na Zona Oeste da capital paulista, e em outras cidades, como no Rio de Janeiro. Uma empresa que subloca apartamentos de alto padrão é alvo de dezenas de ações na Justiça por não repassar o dinheiro dos aluguéis aos proprietários. Os processos contra a startup Tabas by Blueground começaram no ano passado. A startup Tabas by Blueground aluga para terceiros apartamentos de luxo em bairros de alto padrão como Itaim Bibi e Jardins, na Zona Oeste da capital paulista, e em outras cidades, como no Rio de Janeiro. Segundo os relatos dos proprietários, os clientes que sublocam os apartamentos pela Tabas estão com as contas em dia. Mas a empresa não está pagando os donos dos imóveis. A advogada Marcela Miranda Valério representa um grupo de 60 proprietários que se juntaram contra a startup. Clientes com dificuldade nos pagamentos começaram a procurá-la em abril do ano passado: A advogada afirmou que o prejuízo total de todos os clientes dela já ultrapassou um milhão de reais --em dívida da Tabas com os proprietários. "Cotas condominiais em atraso, parcelas de IPTU em atraso, aluguéis em atraso... Muitas vezes já tem ali um corte de luz, gás, do imóvel, porque a Tabas não paga essas contas de consumo. Já aconteceu de chegar para mim proprietários que estavam com o imóvel levado a leilão por um processo judicial do condomínio porque a Tabas não pagou as cotas condominiais. Tenho um cliente está com R$ 100 mil de dívida, fica aqui na região do Itaim Bibi. É de uma senhora idosa que precisa desse dinheiro." Segundo ela, a empresa afirmou aos clientes que as dificuldades nos repasses ocorrem por problemas de gestão em meio a mudanças estruturais da companhia. A startup brasileira foi comprada por uma multinacional americana, a Blueground, no começo de 2023. Em nota à imprensa, a Tabas apontou ter interrompido o repasse dos aluguéis por causa de benfeitorias que a companhia realizou nos imóveis -o que deixaria os proprietários com dívidas com a empresa. A startup ainda afirmou que os contratos que tiveram os pagamentos suspensos representam menos de 2% do total de clientes. E disse que esses casos estão sendo discutidos na Justiça.